18 julho 2008

20 de Maio: Bagà - Noves de Segre, 72 km





Este foi o único dia em que houve sol durante toda a etapa. Estava fresco de manhã e nas zonas mais altas sentia-se frio, mas foi preciso recorrer ao protector solar para evitar um escaldão nos braços e pernas.

Subida inicial de cerca de vinte quilómetros até ao Coll de Torn, a 1925 metros de altitude. O caminho consta predominantemente de uma excelente pista em terra, quase sempre com sombra, pois é uma zona de bosques. Esta subida faz-se sem grandes dificuldades, pois as rampas nunca são muito acentuadas. A meio da subida deparamos com a vertente norte da Pedraforca, uma impressionante parede em pedra, que domina toda a paisagem. Já perto do cimo, as árvores acabam e só não sentimos calor porque àquela altitude a temperatura ainda estava baixa.

A descida é das mais complicadas de toda a travessia: muita pedra e valas a fazer redobrar a atenção. Tivemos que carregar as bicicletas em algumas partes, porque era quase impossível transpor alguns obstáculos, pelo menos com as máquinas carregadas.

Resolvemos ir almoçar a Tuixén, uma localidade a meio da descida, mas deparámos com um cenário insólito. Eram talvez duas da tarde, hora normal para almoçar, mas percorremos todo o pueblo e não encontrámos vivalma; todos os cafés e restaurantes estavam fechados e Tuixén parecia uma cidade-fantasma. Apenas conseguimos reabastecer de água numa fonte e seguimos caminho, na esperança de encontrar algum sítio mais adiante. E de facto passámos por um restaurante, ao cruzar uma estrada, onde pudemos almoçar condignamente.

A parte da tarde reservava-nos a subida ao Coll d'Arnat, que não apresentou grandes dificuldades, também por uma pista larga e com bom piso. A descida já tinha mais pedra mas fez-se sem história.

A etapa acabava em Noves de Segre, mas tínhamos reservado alojamento em El Pla de Sant Tirs, a cerca de três quilómetros, que foram feitos pela estrada que liga a Andorra, com bastante trânsito.

Ficámos no Hostal Cal Font.

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