


Molinaseca
Ao sexto dia começavam as etapas de montanha. Era o dia da subida à Cruz de Ferro, acima dos 1500 metros de altitude.
Mais um dia de céu azul e a prometer calor. Saímos de Astorga e passámos numa pequena capela, de onde se podiam retirar uns papéis, em várias línguas, com uma oração referente ao Caminho.
Os primeiros quilómetros foram agradáveis; o caminho subia suavemente e o piso era bom, pelo que deu para aquecer os músculos para a subida. Nesta manhã, passámos por muitos peregrinos a pé; aliás, à medida que nos aproximávamos de Santiago, iam aumentando os peregrinos.
Não se pode dizer que a subida à Cruz de Ferro seja muito exigente, embora os últimos quilómetros custem um bocado. O desnível aumenta e o caminho torna-se mais técnico, com muita pedra solta. Chegados à Cruz de Ferro e depois das fotografias da praxe, desce-se um bocado para logo voltar a subir e atingir a cota mais alta do Caminho Francês, a 1515 metros.
A descida não foi feita pelo caminho, já que é altamente recomendado aos ciclistas fazê-la pela estrada. E mesmo assim é uma descida vertiginosa, em que os travões sofrem imenso. Até Molinaseca são onze quilómetros e 900 metros de desnível. Passámos em Acebo, uma pequena localidade muito bonita a meio da descida.
Molinaseca tem uma piscina natural no rio que atravessa a vila. A água é retida com uma comporta e forma uma piscina.
Parámos em Ponferrada para almoçar e para o Jacky levar a bike a uma oficina, pois estava a perder óleo no travão traseiro. Almoçámos num restaurante italiano, naquela que terá sido uma das melhores refeições do caminho.
Como estava muito calor e a oficina só reabria às 16.30, sentámo-nos numa esplanada, à sombra, para fazer tempo. Fizemos a "siesta" e só arrancámos já passava das 17.00. A saída de Ponferrada também foi complicada porque a sinalização era escassa.
Até Cacabelos o caminho era fácil, mas depois havia três subidas com muita pedra o que, a acrescentar ao calor, tornaram o final da etapa algo penoso.
Chegámos a Villafranca del Bierzo ao final da tarde e tratámos de arranjar alojamento. Jantámos numa esplanada na praça central da vila já com a perspectiva da subida ao Cebreiro no dia seguinte.
1 comentário:
...eu não dizia...nem sinal da tendinite...
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