23 junho 2007

4 de Junho: Burgos - Sahagun; 125 km

Castrojeriz
Alto de Mostelares
Entrada em Carrión de los Condes

Começámos o dia a consertar um furo na bicicleta do Josep Lluis.
Saímos de Burgos com o céu encoberto e frio. Inicialmente estava previsto acabar a etapa em Carrión de los Condes, mas a manhã correu muito bem, o perfil da etapa não era difícil, à excepção de uma subida e deu para avançar a bom ritmo.
A paisagem mantinha-se igual ao dia anterior: campos de trigo e colinas verdes. Ao longo da manhã o sol foi rompendo as nuvens e o tempo começou a aquecer, mas perfeitamente suportável. O meu maior receio nesta zona de Espanha era o calor, mas acabei por ter que enfrentar um inimigo bem diferente: uma tendinite e uma inflamação no joelho esquerdo.
Para quebrar a monotonia da manhã, tivemos uma subida bastante dura: o alto de Mostelares. Não eram mais de dois quilómetros, mas com um desnível acentuado. A descida, por seu lado, era vertiginosa e tornava-se perigosa porque o piso era de gravilha. Com o peso da bagagem, torna-se mais complicado controlar a bike nas descidas.
Parámos em Frómista para almoçar e eu tive que comer novamente um bocadillo de tortilla com batatas, acompanhado das cervejas habituais. Estava bastante calor e arrancámos com calma. Um dos meus companheiros, o Jacky, estava a ter problemas com o travão traseiro, pelo que tivemos que parar em Carrión de los Condes, numa oficina, para solucionar o problema. Eu aproveitei para ir a uma farmácia comprar pomada anti-inflamatória, já que as dores no tendão estavam a aumentar. De referir que o Jose Luis era médico e todos eles vinham apetrechados com pomada e comprimidos anti-inflamatórios, entre outras coisas.
Como ainda era cedo, resolvemos continuar e, se possível, chegar a Sahagun.
Seguimos viagem e enfrentámos uma das partes mais solitárias do caminho: um troço de quase vinte quilómetros sem avistar sequer uma casa. Percorremos um bocado da calçada romana que ligava Bordéus a Astorga. Aqui, o Josep Lluis teve um furo, que seria o último de todo o caminho.
Nesta etapa encontrámos um grupo de ciclistas de Huesca, uma ciclista incluída, que também faziam o caminho e também dois catalães. Estes dois grupos iriam cruzar-se connosco todos os dias até final, pelo que chegámos a fazer alguns quilómetros em conjunto. Apesar de eles fazerem algumas partes por estrada, acabámos por nos encontrar em todos os finais de etapa até Santiago.
Os albergues por onde íamos passando estavam invariávelmente cheios. Quando chegámos a Sahagun, fomos ao albergue, que ainda tinha lugares. Pagámos quatro euros e subimos às camaratas, mas as condições não eram as melhores, pelo que saímos e ficámos num hostal do outro lado da rua.
Depois do banho, como já era um pouco tarde, resolvemos comer no hostal, onde também estava a jantar o grupo de Huesca e assim acabou o dia.

1 comentário:

Luis Filipe Antunes disse...

um post sem tintol...e claro o Líder ficou logo com uma tendinite...