


Terceiro dia do caminho. Conforme havia sido combinado na véspera, os meus três companheiros telefonaram-me de Nájera e eu disse-lhes que esperava por eles em Azofra.
Enquanto esperava, tomei o pequeno-almoço e preparei a bike. Arrancámos para uma etapa em que se previam algumas dificuldades. Os primeiros 60 km eram predominantemente a subir e pela primeira vez iríamos ultrapassar os mil metros de altitude.
Deixámos a região de La Rioja e entrámos em Castilla y León. Encontrámos um grupo de mexicanas que também faziam o caminho em bicicleta, mas vinham com carro de apoio.
Até chegar a Villafranca Montes de Oca não houve grandes problemas. O dia tinha começado fresco, mas ia aquecendo gradualmente. Logo à saída de Villafranca, uma rampa bastante acentuada preparou-nos para a subida que se avizinhava. Foram cerca de cinco quilómetros sempre a subir, com zonas de maior inclinação. Mas, chegados ao alto, pudemos disfrutar de uma paisagem fantástica sobre as serras da província de Burgos.
Para compensar a dureza da subida, seguiu-se uma zona de bosques, a princípio plana e depois a descer suavemente. Durante cerca de sete quilómetros deu para pedalar com rapidez, quase sempre no prato grande. O caminho era largo, com bom piso e muito rápido, embora tivesse algumas partes com pedra solta.
Parámos para almoçar em San Juán de Ortega, um pueblo muito pequeno, mas onde comi um excelente bocadillo de tortilla com batatas, acompanhado por duas cervejas.
Para Burgos faltavam menos de trinta quilómetros, que foram feitos sem problemas. Na parte final, o caminho corre quase sempre paralelo à estrada nacional 120. Chegámos a Burgos às 17.00 e fomos procurar o albergue. Como estava quase cheio, informáram-nos que teríamos de esperar até às 19.00, pois os peregrinos a pé têm prioridade.Resolvemos ir procurar alojamento e ficámos num hostal ali perto.
Como tínhamos chegado cedo, fomos para o centro histórico de Burgos e visitámos a catedral, que é muito bonita. O jantar foi excelente, os espanhóis também sabem fazer leitão (cochinillo) e o vinho de La Rioja acompanhou muito bem.
Após três dias de caminho, sentia-me muito bem físicamente e preparava-me para as etapas mais planas de Castilla, antes da entrada na Galiza, onde começariam as verdadeiras dificuldades.
1 comentário:
...isto promete...agora também temos mexicanas..
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