


urante o caminho: uma Trek Fuel 98 em carbono.
Levantámo-nos tarde, tomámos o peque-almoço, lavámos as bikes e saímos por volta do meio-dia. O dia estava de sol e com temperatura amena.
Tínhamos que fazer tempo até ao princípio da tarde, por isso fomos pedalando sem pressa. Subimos o Monte do Gozo, a última dificuldade do caminho, a cinco quilómetros de Santiago. Enquanto bebíamos uma cerveja, conversámos com um peregrino que já tinha atravessado grande parte da Europa a caminhar. Vinha da Bósnia e até já tinha passado em Portugal; depois seguiria caminho até ao Vaticano e a seguir até Jerusalém. Tudo documentado com os carimbos dos locais onde estivera. Fantástico!
Ao entrar em Santiago, parámos para almoçar num restaurante italiano; uma refeição leve, mas a pedir duas garrafas de Lambrusco.
Chegámos à Praza do Obradoiro à hora combinada, as esposas dos meus companheiros lá estavam para os fotografar depois desta épica aventura.
A chegada à Catedral de Santiago é uma experiência que não se pode descrever em palavras; o objectivo final depois de tantos quilómetros em cima da bicicleta estava diante de mim.
Fomos à Oficina do Peregrino buscar a Compostela, que é um documento que atesta o cumprimento da peregrinação.
Chegara a hora das despedidas. Eles ficariam essa noite em Santiago e regressavam a Barcelona no domingo. Eu tinha que esperar que me viessem buscar para regressar a Braga.
Apesar de nos conhecermos apenas há nove dias, tínhamos atravessado o norte de Espanha juntos, dos Pirinéus ao Atlântico: foram quase 800 km de sacrifício mas acima de tudo de bons momentos.
Para mim foi o realizar de um sonho antigo e apesar de estar mentalizado para fazer o caminho sózinho, reconheço que foi mais agradável e divertido fazê-lo com os meus três amigos catalães.
Para finalizar, deixo aqui as palavras que mais vezes proferi durante o caminho, ao passar por outros peregrinos: Buen Camino!